EccoValue

Threat Intelligence: O Antídoto Contra o Crescente Custo dos Ataques Cibernéticos

Como empresas no Brasil e nos EUA usam inteligência de ameaças para reduzir custos e riscos de ataques cibernéticos.

Por Alex Pereira, CEO & Fundador da EccoValue

O cenário que não pode ser ignorado

O crescimento dos ataques cibernéticos deixou de ser uma tendência para se tornar um dado incontestável. Segundo o Verizon DBIR 2025, dos 22.052 incidentes analisados, 12.195 resultaram em vazamentos confirmados de dados. Vulnerabilidades exploradas representam 20% dos casos, um salto de 34% em relação ao ano anterior. Ataques à cadeia de suprimentos (quando fornecedores ou parceiros são comprometidos para atingir a empresa alvo) dobraram e agora respondem por 30% dos incidentes. O ransomware esteve presente em 44% dos casos, afetando especialmente médias e pequenas empresas (88%).

O impacto financeiro é igualmente preocupante. O IBM Cost of a Data Breach 2025 mostrou que o custo médio global de uma violação caiu levemente para US$ 4,44 milhões, mas nos EUA subiu para US$ 10,22 milhões. No Brasil, a média foi de R$ 7,19 milhões (~US$ 1,22 milhão). Esses números não incluem custos intangíveis como perda de clientes, danos à reputação e impacto jurídico.

Em um ambiente onde a velocidade e a sofisticação das ameaças aumentam, a Threat Intelligence deixa de ser opcional, ela se torna o “antídoto” que reduz custos e riscos, antecipando ataques antes que se transformem em crises.

Mas, afinal, o que é Threat Intelligence?

Threat Intelligence é o processo de transformar dados brutos sobre ameaças em conhecimento acionável. Vai muito além de coletar logs ou alertas: envolve análise contextual, priorização de riscos e integração com processos e tecnologias para que a empresa execute as ações necessárias antes do ataque acontecer. Enquanto sistemas de monitoramento registram o que já ocorreu, a Threat Intelligence orienta o que pode acontecer e como evitar que aconteça.

Os quatro pilares da Threat Intelligence

Para funcionar de forma eficaz, a Threat Intelligence se estrutura em quatro pilares complementares. Cada pilar representa um tipo de inteligência com foco e aplicação distintos, cobrindo desde decisões de conselho de administração até bloqueios automáticos em firewalls, formando um ecossistema de proteção de ponta a ponta, são eles:

  • Estratégico: analisa tendências, atores e cenários geopolíticos que moldam o panorama de ameaças. Essencial para decisões de alto nível sobre investimentos e políticas de segurança.
  • Tático: examina as táticas, técnicas e procedimentos (TTPs) usados por adversários, como grupos cibercriminosos, ameaças persistentes avançadas (APT) e até insiders maliciosos, permitindo ajustes nas defesas e treinamentos específicos para equipes de segurança.
  • Operacional: monitora campanhas e ataques em andamento, ajudando a identificar quais ameaças são mais relevantes para o setor e momento da empresa.
  • Técnico: fornece indicadores concretos, como endereços IP, hashes de arquivos e domínios maliciosos, que permitem bloquear ou mitigar ataques de forma imediata.

O que a Threat Intelligence bem implementada permite

  • Priorização inteligente de alertas: ao invés de tratar todos os eventos como urgentes, correlaciona dados internos com inteligência externa para focar nos riscos que realmente ameaçam o negócio.
  • Automação de resposta: integração com SIEM, SOAR, EDR e firewalls para aplicar bloqueios automáticos quando um indicador malicioso é identificado.
  • Prevenção de incidentes de alto custo: identificar campanhas em andamento antes que atinjam a empresa reduz em média US$ 900 mil o custo de resposta.
  • Proteção da cadeia de suprimentos: detecta comprometimento de fornecedores ou parceiros antes que o acesso deles seja explorado contra a sua organização. Fator crítico: ataques a supply chain dobraram em 2025.
  • Alocação otimizada de recursos: direciona investimento para as áreas de maior risco e impacto potencial, evitando gastos desnecessários.

Empresas que aplicam Threat Intelligence de forma contínua reduzem o tempo médio de identificação e contenção de incidentes em até 29%, um fator decisivo para cortar custos operacionais e evitar paralisações críticas.

Por que é indispensável

Mais do que uma ferramenta técnica, a Threat Intelligence é um ativo estratégico. Ela conecta segurança, compliance e continuidade de negócios. Em um cenário onde as empresas são cobradas por reguladores, clientes e acionistas, antecipar-se a ameaças é tão importante quanto reagir a elas, com benefícios diretos como:

  • Cumprimento de requisitos de leis como LGPD, HIPAA e SOX.
  • Redução de risco reputacional ao evitar incidentes públicos.
  • Diminuição do tempo e custo de resposta a incidentes.
  • Fortalecimento da confiança de clientes e parceiros ao mostrar proatividade na gestão de riscos.

Conclusão

A EccoValue entrega a melhor solução de Threat Intelligence para transformar dados em prevenção real, correlacionando fontes externas e priorizando o que importa. Fale com nossos especialistas para desenhar um programa de Threat Intelligence alinhado ao seu negócio.

Converse com nossos especialistas

Referências

  1. Verizon Data Breach Investigations Report 2025 — Flashpoint Analysis
  2. IBM Cost of a Data Breach 2025 — BankInfoSecurity
  3. IBM Average Cost of a Data Breach in Brazil — BNamericas
  4. IBM Security X-Force — Cost of a Data Breach 2025